A SOLUÇÃO SERIA RETORNARMOS AO IMPÉRIO?
- CACHAPANDO
- 6 de mar. de 2018
- 7 min de leitura
Uma pesquisa realizada no Campus Norte da UFAM coletou dados com os alunos sobre suas preferências para as eleições presidenciais em 2018, o objetivo era esclarecer o que exatamente pensam sobre os candidatos presidenciáveis, e uma das opiniões gerou destaque ao expor uma solução pró-monarquista. Além disso, o aluno esclareceu o que pensa sobre os candidatos mais populares para essa eleição (Lula e Bolsonaro).

O jornal encarregou-se de coletar dados referentes às opiniões pessoais sobre o tema "Eleições presidenciais 2018". Foram realizadas perguntas enviadas por formulário online, a partir dos quais obtivemos respostas das mais variadas . A pesquisa foi realizada no Campus Norte da UFAM, por vias voluntárias de respostas. Todas as pessoas que se disponibilizaram, responderam de forma crítica e compartilharam um pouco de suas concepções sobre as possíveis soluções para o quadro político atual. O Aluno que se prontificou a responder chamava-se Ângelo Pontes. Para adiantar, ele é um pró-monarquista que se sente enganado pelo sistema republicano vigente, pois o excesso de cargos políticos favorece a corrupção e à perdição ética, além de representar mais as ideologias partidárias do que os brasileiros como um todo. Para que fosse possível uma melhor representatividade, seria preciso uma volta à monarquia parlamentarista, de modo que sobrasse apenas o Rei e o parlamento subordinado a ele. Geraria, por fim, um patriotismo maior e uma melhor condução da máquina pública. Evitando acontecimentos de disputas ideológicas nos bastidores da política.
1) Na sua opinião, por que essa eleição é uma das mais importantes para a história do nosso país? Há nela algo de renovador?
É uma das mais importantes devido ao cenário político atual, com uma crise de corrupção estourando e vários membros do governo sendo acusados e presos, alguns até mesmo driblando a justiça com a ajuda daqueles que deveriam fazer a dita-cuja se cumprir. É onde as pessoas acreditam que, elegendo o candidato certo poderão mudar tudo. Embora eu não creia que a vitória de algum candidato vá trazer a tão aguardada mudança, pelo menos não a mudança como ela DEVE ser.
2) O que você espera para o Brasil a partir de 2019? Continuação de um país construído nos moldes petistas (Lula e Dilma) ou uma mudança brutal no modo de fazer políticas públicas visando um país mais liberal?
É incerto esperar algo visto que o país se encontra tão polarizado, o governo que entrar terá tendência a querer aplicar mudanças no que o governo anterior fez, (esse que é um dos males da república, ideologias e interesses partidários que influenciam governos e planos de governo, não gerando assim um continuidade e um aperfeiçoamento de boas políticas).
3) Você apoia qual dos pré-candidatos e por quê?
Sou monarquista, não declaro apoio a nenhum pré-candidato.
4) Qual seria a melhor solução para termos uma melhoria no sistema político brasileiro? Uma mudança de sistema. Seria uma solução voltarmos para um Império? Ou a proposta de republicana ainda é esperançosa?
Sou monarquista, e acredito que a restauração do Império seja a melhor alternativa, devido a possuir a forma parlamentarista de governo, que divide o poder em dois cargos, o Chefe de Estado, a quem o governo serve, e o Chefe de Governo, que é o primeiro-ministro. Há quem diga que para isso, baste uma República Parlamentarista. A República Parlamentarista se prova falha quando o Chefe de Estado pertence a um partido, geralmente acompanhado de ideologias e etc, o que o faz perder o seu caráter imparcial e apartidário que a monarquia possui (visto que o Monarca é além do Parlamento, mais precisamente acima do mesmo, e abaixo da Constituição), essa característica imparcial da Monarquia é fundamental para um governo imparcial, eficiente, e SEM POLARIZAÇÕES, e que não crie figuras políticas que sejam idolatradas pela população.
• Dois erros comuns da população são: 1 –Achar que em uma monarquia constitucional parlamentarista, o monarca funciona como um enfeite folclórico, não possuindo assim poder, de fato; 2 –Achar que em uma monarquia, o monarca teria poder demais. Um governo monárquico parlamentarista, funciona com o monarca sendo a figura acima do governo, e abaixo da Constituição. Mas mesmo estando acima do parlamento, não lhe cabe o papel de governar, ou intervir diretamente em decisões do governo eleito democraticamente, poi s seria inconstitucional. Mas isso não significa dizer que o monarca não possua poderes. O Monarca é o Chefe de Estado a quem o governo serve, e o primeiro-ministro é o Chefe desse Governo. O Monarca é a figura que fiscaliza o bom funcionamento do Governo (afinal, o mesmo governa em seu nome), e pode vir a intervir em casos de incompetência (seja ela devido a demasiadas divergências dentro do governo ou outros fatores), e crises de corrupção, através de meios que podem ir de exoneração de determinados indivíduos, podendo chegar até mesmo a dissolução do parlamento e convocação de novas eleições.
5) Lula, durante muito tempo foi uma esperança para o Brasil, mas por que não mais? Em 2002, seu dilema era tornar o Brasil um país mais justo e onde os excluídos pudessem ter vez. No governo dele, políticas sociais foram amplamente reforçadas, tais como as cotas, distribuição de renda, saneamentos básicos incluindo Luz para todos e Água para todos, Fome Zero, Bolsa Família. Ele foi um estadista moderado. Na sua opinião, quem é o Lula de hoje? Seria um possível presidenciável?
Lula foi uma falsa esperança, um governo de maquiagens nascido do desespero e da necessidade da população, que ao encontrasse em dificuldades depositaram sua fé na figura de um homem que falava o que eles queriam ouvir. O governo onde um esquema de corrupção, já existente e enraizado, encontrou espaço para se alastrar cada vez mais, como um câncer.
6) Na sua opinião, a polarização do cenário político entre Lula e Bolsonaro significa o quê? Por que as pessoas tendem a extremar coisas que de fato não são extremas?
A polarização do atual cenário político brasileiro concentrado em duas pessoas se deve a necessidade da população de possuir a figura de um líder que compartilhe dos seus mesmos pensamentos e simpatize e abrace suas ideologias, e isso está presentes em ambos os lados da polarização. Uma "esquerda" e uma "direita" carentes de figuras que as representem de fato, voltam suas atenções àqueles que consideram como líderes de ambos os lados, tais líderes, ao serem vistos como figuras de liderança, com suas falas, seus discursos, reforçam a crença das pessoas de que seu lado está 100%certo, isso pode não causar, mas intensifica a polarização.
7) Quem é Bolsonaro na opinião de você? Ele merece uma chance para governar o país?
Bolsonaro é um funcionário público, idolatrado excessivamente por parte da população (semelhante ao seu "adversário" e a outros políticos e funcionários públicos. Uma infeliz situação que atinge todos os lados possíveis é a idolatria a políticos), embora concorde com alguns de seus pensamentos e discorde severamente de outros, não cabe a mim decidir se ele merece ou não uma chance, não é só o meu voto que montará o governo.
8) Com a condenação do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, a política Brasileira demonstra fragilidade?
A política brasileira transborda fragilidade e instabilidade desde o golpe da República, com governos incompetentes, interesseiros surgindo um após o outro. A diferença é que o Brasil, atualmente, se encontra em meio a um de seus momentos mais críticos, onde a corrupção organizada já se tornou o próprio governo.
9) Deixe aqui um comentário para publicarmos no jornal como sua opinião: indique suas ideias, seus prós, seus contras, critique, seja a favor seja contra, queremos ouvir você! Dê ideias de como podemos contornar essa crise política ou apoie algum candidato, seja quem for.
Vejo a restauração da Monarquia Constitucional Parlamentarista no Brasil como sendo a melhor alternativa, devido ao seu caráter parlamentarista aliado a imparcialidade da monarquia. Há quem diga que para tal. a República Parlamentarista seria ideal. Entretanto, um sistema onde aquele que seria responsável pela fiscalização do governo vem do próprio governo, possuindo assim interesses partidários e comprometimento com ideologias, não parece muito diferente do sistema atual. O Brasil atual é um país onde o governo tem total poder para criar barreiras para proteger a si mesmo, e conta com a ajuda daqueles que deveriam fiscalizá-los e julgá-los para fazer fazê-lo, sem que haja nenhuma entidade acima do dito-cujo governo que possa impor autoridade e intervir da maneira necessária (no caso da monarquia através de exoneração de cargos até mesmo chegando a dissolução do governo e convocação de novas eleições.
A opinião do aluno Ângelo Pontes é um exemplo de diversidade política, pois prova que em meio a um assunto tão polarizado e desanimador, ainda existam pessoas com pessoas com opiniões totalmente diferentes, válidas e otimistas. O tema quer trazer uma noção de bom senso, estimular o voto consciente e talvez orientar vocês a tomarem outros pontos vistas políticos como ponto de partida para uma discussão. A eleição ocorrerá esse ano, em Outubro, e trará uma renovação para os cargos de governadores estaduais, senadores, deputados estaduais e federais e Presidente da República. O que mais causa "pulgas nas orelhas" é sobre quem vai subir a rampa do planalto central em 2019, pois desde 2016, após o golpe contra a presidente Dilma Rousseff (PT), o país anda sem representatividade. Confira a lista dos presidenciáveis declarados no site Cacha Virtual.
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Vinícius Gomes
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